top of page

Līlā de Maa Adya: Além da Morte e da Memória



“Tenho medo de esquecer todos depois de morrer.”


Esse pensamento me atinge profundamente.

A ideia de que esta pode ser a última vez que vemos aqueles que amamos — amigos, família, Guru, até mesmo nossos inimigos — pode parecer insuportável.


Mas e se… não for?


O Bhagavad Gita (2.22) diz:

“Assim como um homem descarta roupas velhas e veste roupas novas, a alma descarta o corpo velho e assume um novo.”


Esta vida?

Apenas uma roupa. Um papel. Uma rodada no grande jogo do cosmos.


E quando esta rodada termina, você não é apagado — você simplesmente sai do jogo por um tempo.

Uma pausa, não uma despedida.


Porque Maa Adya, a Mãe Primordial, se lembra.


Ela é Mahāmāyā — aquela que escreve o roteiro da peça, tece o carma e reúne os círculos da alma repetidamente até que a história esteja completa.


Você não encontra ninguém por acaso.

Tudo faz parte de Ṛṇānubandha — a teia sagrada dos laços cármicos.


Podemos esquecer o último jogo —

Mas quando alguém se sente instantaneamente familiar, quando o amor ou a dor chegam rápido demais,

Eis a sua pista: esta não é a sua primeira vida com essa pessoa.


E Seu Sahasranamavali revela esta verdade em Seus próprios Nomes:

• Shamashana-Kaalika — Aquela que permanece silenciosamente no local da cremação, observando as almas saírem de um mundo para entrar em outro.

• Kaali — a Devoradora do próprio Tempo, por quem todas as vidas passam.

• Bhadra Kaali — a paz que se segue à destruição, a beleza por trás da ira.

• Kapalini – Aquela que usa caveiras — não como troféus, mas como memórias de vidas que Ela sustentou e abençoou.

• Guhya Kaali – a Secreta, oculta no carma por trás de cada encontro, cada vínculo, cada retorno.


Até o Lalitopakhyana nos diz:

“Seus devotos nascem repetidamente... até retornarem a Ela completamente. Em cada vida, eles A encontram novamente.”


Então, o que é a morte, na verdade?


Não é uma tragédia. Não é um fim.

Apenas desconectando-se de Sua simulação divina —

Até que Ela o convoque de volta...


Novo mapa. Nova roupa.

Mesmas almas — novos papéis.


Em sua peça divina, até mesmo os gurus retornam — às vezes para ensinar, às vezes para aprender, sempre servindo à mesma Luz.

Sua mãe como sua melhor amiga.

Seu inimigo como seu espelho.

Seu filho como seu protetor.


Até que um dia, a alma joga tão conscientemente, tão humildemente,

que Maa sorri e diz:


"Criança, seu jogo acabou. Volte para Casa."


E essa alma nunca retorna ao tabuleiro.

Ela se dissolve em Sua luz.


Portanto, não tenha medo de esquecer.

Porque Ela não esquece.


E em Sua Līlā,

Nenhum amor jamais se perde.


Apenas se transforma.

Apenas retorna — quando chega a hora certa.


Jai GuruDeva

Jai Sri Swarnakarshana Bhairava

Jai Maa Adya MahaKaali - MahaKala Bhairava Sadhana Por Praveen Radhakrishnan

Comments


bottom of page