
Līlā de Maa Adya: Além da Morte e da Memória
- lazmistic
- 14 de jun.
- 2 min de leitura
“Tenho medo de esquecer todos depois de morrer.”
Esse pensamento me atinge profundamente.
A ideia de que esta pode ser a última vez que vemos aqueles que amamos — amigos, família, Guru, até mesmo nossos inimigos — pode parecer insuportável.
Mas e se… não for?
O Bhagavad Gita (2.22) diz:
“Assim como um homem descarta roupas velhas e veste roupas novas, a alma descarta o corpo velho e assume um novo.”
Esta vida?
Apenas uma roupa. Um papel. Uma rodada no grande jogo do cosmos.
E quando esta rodada termina, você não é apagado — você simplesmente sai do jogo por um tempo.
Uma pausa, não uma despedida.
Porque Maa Adya, a Mãe Primordial, se lembra.
Ela é Mahāmāyā — aquela que escreve o roteiro da peça, tece o carma e reúne os círculos da alma repetidamente até que a história esteja completa.
Você não encontra ninguém por acaso.
Tudo faz parte de Ṛṇānubandha — a teia sagrada dos laços cármicos.
Podemos esquecer o último jogo —
Mas quando alguém se sente instantaneamente familiar, quando o amor ou a dor chegam rápido demais,
Eis a sua pista: esta não é a sua primeira vida com essa pessoa.
E Seu Sahasranamavali revela esta verdade em Seus próprios Nomes:
• Shamashana-Kaalika — Aquela que permanece silenciosamente no local da cremação, observando as almas saírem de um mundo para entrar em outro.
• Kaali — a Devoradora do próprio Tempo, por quem todas as vidas passam.
• Bhadra Kaali — a paz que se segue à destruição, a beleza por trás da ira.
• Kapalini – Aquela que usa caveiras — não como troféus, mas como memórias de vidas que Ela sustentou e abençoou.
• Guhya Kaali – a Secreta, oculta no carma por trás de cada encontro, cada vínculo, cada retorno.
Até o Lalitopakhyana nos diz:
“Seus devotos nascem repetidamente... até retornarem a Ela completamente. Em cada vida, eles A encontram novamente.”
Então, o que é a morte, na verdade?
Não é uma tragédia. Não é um fim.
Apenas desconectando-se de Sua simulação divina —
Até que Ela o convoque de volta...
Novo mapa. Nova roupa.
Mesmas almas — novos papéis.
Em sua peça divina, até mesmo os gurus retornam — às vezes para ensinar, às vezes para aprender, sempre servindo à mesma Luz.
Sua mãe como sua melhor amiga.
Seu inimigo como seu espelho.
Seu filho como seu protetor.
Até que um dia, a alma joga tão conscientemente, tão humildemente,
que Maa sorri e diz:
"Criança, seu jogo acabou. Volte para Casa."
E essa alma nunca retorna ao tabuleiro.
Ela se dissolve em Sua luz.
Portanto, não tenha medo de esquecer.
Porque Ela não esquece.
E em Sua Līlā,
Nenhum amor jamais se perde.
Apenas se transforma.
Apenas retorna — quando chega a hora certa.
Jai GuruDeva
Jai Sri Swarnakarshana Bhairava
Jai Maa Adya MahaKaali - MahaKala Bhairava Sadhana Por Praveen Radhakrishnan
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